O modelo é um dos principais destaques da categoria das superesportivas. Foi projetada com auxílio do piloto Valentino Rossi, da categoria MotoGP. A começar do motor, um dos itens mais importantes neste segmento.
Segundo alguns especialistas ela é a moto que mais se acemelha a uma moto de corrida "Racing".
Motor
O propulsor de quatro cilindros em linha, DOHC, com refrigeração líquida manteve a mesma capacidade cúbica do anterior: 998 cc. Mas as semelhanças com o motor que equipa o modelo 2008 param por aí. Tudo - do virabrequim ao cabeçote - é novo.
Aliás, o virabrequim do tipo “crossplane” como o utilizado nos motores V8 e também o intervalo de ignição (270°-180°-90°-180°) são as grandes novidades da R1 2009. Tanto esse virabrequim com cada biela posicionada a 90° como o motor com cada cilindro “explodindo” individualmente são novidades mecânicas nunca antes utilizadas em motos de rua – segundo a fábrica a tecnologia vem diretamente da M1 de Rossi. Mostrando também a opção dos engenheiros da marca em buscar soluções mecânicas e não apenas eletrônicas para melhorar o motor.
O benefício prático é que o torque inercial que compõe o par máximo da moto é minimizado. Isso faz com que o torque transferido à roda traseira tenha uma relação muito próxima de 1:1 com o torque proveniente da câmara de combustão, controlado pela mão do piloto no acelerador. Isso significa uma entrega de torque mais linear e precisa. Proporcionando, segundo a Yamaha, um controle da aceleração nunca antes experimentado por motociclistas comuns.
Para quem não curte muito explicações técnicas, o torque da nova R1 está ligeiramente superior, porém mais linear e constante: agora são 11,8 kgf.m a 10.000 rpm, contra os 11,5 kgf.m do modelo anterior – isso sem a indução direta de ar que atua em altas velocidades. A potência também aumentou timidamente sem a indução de ar. Subiu dos 180 cv anteriores para 182 cv a 12.500 rpm.
Outras novidades do modelo 2009 são a adoção de uma embreagem deslizante, bastante útil nas reduções bruscas de marcha antes de contornar curvas, e três mapas de ignição do motor. Utilizado pela primeira vez em uma moto de série da Yamaha, o sistema de escolha de mapeamento da ignição já vem equipando as motos Suzuki da linha GSX-R desde 2007. O D-mode Map da Yamaha também oferece três diferentes modos: standard para diversos tipos de pilotagem; modo A para respostas mais esportivas; e o modo B para respostas mais “gentis” do acelerador.
Claro que as qualidades do modelo anterior, tais como acelerador eletrônico e dutos de admissão variáveis, também equipam a YZF-R1 2009. Tudo controlado por um módulo eletrônico.
Chassi e design
Mas as alterações não ficaram apenas no motor. O quadro Deltabox em alumínio também é totalmente diferente do anterior. Além de apresentar um equilíbrio ainda melhor entre rigidez e flexibilidade, ficou mais compacto. Centralizando as massas e reduzindo o centro de gravidade de toda a motocicleta.
Suspensões, freios, um pneu traseiro com nova medida 190/55-17 e o até então inédito amortecedor de direção eletrônico... foram projetados para melhorar ainda mais essa superesportiva de 1.000cc.
Quanto ao design, a Yamaha não fez mudanças radicais, mas estas são facilmente perceptíveis. A carenagem frontal está mais “pontuda” e com dois canhões de luz. Na traseira, os escapamentos ganharam formas triangulares e a lanterna de LED também tem novo desenho. Além de ela parecer mais compacta.
De acordo com a marca, as mudanças no chassi e no motor do modelo 2009 são as mais significativas nos 11 anos de história da motocicleta – a Yamaha R1 foi lançada em 1998. Resta esperar para ver, afinal a nova superesportiva deve desembarcar no Brasil só no segundo semestre do próximo ano.
Resumo:
- Alta performance
Motor mais compacto e potente com 180~189 cavalos, o conjunto apresenta 177 kg a seco. Uma relação de mais de 1 cavalo por quilo.
- Painel de Instrumentos
Em tela de cristal líquido, com tacômetro analógico em destaque. Identificador luminoso em LED do câmbio para troca de marchas, que pode ser regulado pelo piloto segundo as condições da pista.
- Dois Discos de Freio com Pinça Radial
Rodas mais leves, e pinças montadas radialmente, paralelas à direção de rotação dos discos para o melhor desempenho nas frenagens.
Ficha Técnica da Yamaha R1:
Comprimento total | 2.060 mm |
Largura total | 720 mm |
Altura total | 1.110 mm |
Altura do assento | 835 mm |
Distância entre eixos | 1.415 mm |
Altura mínima do solo | 135 mm |
Peso seco | 177 Kg |
Raio mínimo de giro | - |
Motor | 4 tempos , DOHC, refrigerado a água, 16 válvulas |
Quantidade de cilindros | 4 cilindros |
Cilindrada | 998 cc |
Diâmetro x curso | 77,0 x 53,6 mm |
Taxa de compressão | 12,7:1 |
Potência | 180cv a 12.500 rpm (189 cv a 12.500 rpm com indução a ar) |
Torque | 11.5 kgf.m a 10.000 rpm (12,1 kgf.m a 10.000 rpm com indução a ar) |
Sistema de partida | Elétrica |
Sistema de lubrificação | Cárter Úmido |
Capacidade do óleo do motor | 3,83 litros |
Capacidade do tanque de combustível | 18 litros |
Alimentação | Injeção Eletrônica |
Sistema de ignição e injeção eletrônica | TCI |
Bateria | - |
Transmissão primária | Engrenagens |
Transmissão secundária | Corrente |
Embreagem | Multidisco banhado a óleo |
Câmbio | 6 velocidades |
Quadro | Die-cast Deltabox Alumínio |
Ângulo de cáster | 24º |
Trail | 102 mm |
Pneu dianteiro | 120/70 ZR 17 MC (58W) |
Pneu traseiro | 190/50 ZR 17 MC (73W) |
Freio dianteiro | Dois discos de 310 mm de diâmetro |
Freio traseiro | Disco de 220 mm de diâmetro |
Suspensão dianteira | Garfo telescópico |
Suspensão traseira | Braço oscilante, monoamortecedor |
Curso da suspensão dianteira | 120 mm |
Curso da suspensão traseira | 130 mm |
Painel de Instrumentos (LCD) | Tacômetro e velocímetro digital, conta-giros analógico |
Cores | Azul, Branca |
1 comentários:
As melhores Motos são aquelas feitas com amor.
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