Para iniciarmos a comparação entre as motos, “escaneamos” os dois modelos para verificar suas diferenças visuais. De cara, a CB 300R apresenta um design mais arrojado, jovial, que foi inspirado nas nakeds de maior cilindrada (CB 600F Hornet e CB 1000R). Chama atenção a pequena carenagem que envolve o farol e, consequentemente, o painel de instrumentos, com display digital e ponteiro para acompanhar as rotações do motor. Além disso, a rabeta é minimalista, mais afilada, com o lanterna embutida e alças para o apoio do garupa em alumínio.
Já a Fazer 250 tem farol sem moldura, velocímetro e tacógrafo analógicos (dois mostradores com ponteiros) e um pequeno display de cristal líquido que informa o nível de combustível, além de hodômetro total e dois parciais. Na parte traseira, o grande destaque são os piscas integrados à lanterna. O conjunto oferece excelente visualização, principalmente na indicação das mudanças de direção. Desde o seu lançamento, em 2005, já foram produzidas 142.790 unidades da Fazer 250, fazendo dela um sucesso de vendas no Brasil e também no exterior, já que a Yamaha do Brasil é pólo exportador da Fazer 250 para todo o mundo.
MOTOR
O modelo Honda está equipado com motor monocilíndrico, com duplo comando de válvulas no cabeçote (DOHC), com quatro válvulas e equipado com injeção eletrônica de combustível. Com 291,6 cm³ de capacidade cúbica, o propulsor gera 26,53 cv a 7.500 rpm de potência máxima e torque máximo de 2,81 kgf.m a 6.000 rpm. Na cidade, o consumo de combustível gira na caso dos 25 km/l.
Já o propulsor da Fazer 250 tem 249 cm³, conta com comando de válvulas simples no cabeçote (OHC). Alimentado por injeção eletrônica, gera 21 cv de potência máxima a 8.000 rpm e 2,10 kgf.m a 6.500 rpm de torque máximo. Mais econômica, a street da Yamaha faz, na cidade, cerca de 29 km/l.
No resumo da ópera, ambos os motores trabalham de forma linear e oferecem força em baixas e médias rotações. Neste quesito, leve vantagem para a CB 300R, em função de seu torque maior atingido em uma rotação mais baixa. Porém, o propulsor da Fazer de comando simples vibra menos, é mais econômico e foi o primeiro a adotar a injeção eletrônica de combustível. Boas de curvas e de retas, os modelos alcançaram 130 km/h.
CICLÍSTICA E CONFORTO
Na parte ciclística, nenhuma novidade. A Honda utiliza na dianteira garfo telescópico com 130 mm de curso e freio a disco simples de 276 mm de diâmetro e pinça de duplo pistão. Na traseira, suspensão monoamortecida com 105 mm de curso e freio a tambor. Na moto Yamaha, garfo telescópico e, na traseira, monoamortecedor, ambos com 120 mm de curso. O curso igual entre as suspensões é uma marca registrada da família Fazer. A street da Yamaha está equipada com freio a disco simples dianteiro de 282 mm de diâmetro e pinça com dois pistões. Na traseira, o tradicional tambor de 130 mm.
Em relação à suspensão, a Fazer leva vantagem sobre a CB, já que na traseira tem 120 mm de curso, contra 105 mm da Honda. No geral, a CB 300R é mais firme, enquanto a Yamaha absorve com mais propriedade as imperfeições do solo. Com relação aos freios, em ambos os casos são eficientes e estão de acordo com a proposta urbana dos modelos.
Apesar da Fazer ser um projeto mais antigo, a moto é mais confortável que a recém-lançada CB 300R. O banco em dois níveis, o desenho do tanque e a posição das pedaleiras fazem o piloto se encaixar melhor na moto da Yamaha. No modelo da Honda, o corpo do motociclista fica projetado mais para frente.
Uma característica marcante destes modelos é sua agilidade, principalmente nas mudanças de direção. Em função de sua maior potência e torque, a CB 300R larga na frente quando a luz verde do semáforo se acende. Porém, a Fazer se destaca pelo maior ângulo de esterço.
Realmente é uma difícil escolha entre uma novidade (CB 300R) e um conjunto bastante equilibrado (Fazer 250). Para acirrar esta briga, esperamos que a Yamaha apresente logo uma Fazer 300, com design mais radical e com um motor que ofereça mais potência e torque. Como ainda não temos bola de cristal – apesar de fotos de uma nova Fazer já circulam pela internet – a moto da Yamaha ainda oferece bom custo benefício e maior economia. Além disso, na cidade de São Paulo (SP) a CB 300R é vendida a R$ 12.500,00, enquanto a Fazer 250 é comercializada até abaixo do valor de tabela – R$ 10.600,00.
FICHA TÉCNICA
Yamaha YS 250 Fazer
Motor: 4 tempos, OHC, refrigerado a ar com radiador óleo, 2 válvulas
Capacidade: 249 cm³
Diâmetro X Curso: 74,0 x 58,0 mm
Taxa de Compressão: 9.80:1
Potência Máxima: 21 cv a 8.000 rpm
Torque Máximo: 2,10 kgf.m a 6.500 rpm
Câmbio: 5 marchas
Quadro: Berço duplo em aço
Transmissão: Final Corrente
Alimentação: Injeção eletrônica
SUSPENSÃO:
Dianteira: Garfo telescópico, com 120 mm de curso
Traseira: Monoamortecida com link, com 120 mm de curso
FREIO:
Dianteiro: Disco simples de 282 mm de diâmetro
Traseiro: Tambor
PNEUS:
Dianteiro: 100/80 17 M/C 52S
Traseiro: 130/70 17 M/C 62S
Comprimento: 2.025 mm
Largura: 745 mm
Altura: 1.065 mm
Altura do Assento: 805 mm
Distância Entre-eixos: 1.360 mm
Tanque de Combustível: 19,2 litros
Peso: 137 KG
Cores: vermelha, preta e prata
Preço: R$ 10.950,00 (tabela)
FICHA TÉCNICA
Honda CB 300R
Motor: DOHC, quatro tempos, quatro válvulas, arrefecido a ar
Capacidade: 291 cm³
Diâmetro X Curso: 79 x 59,5 mm
Taxa de Compressão: 9,0 : 1
Potência Máxima: 26,53 cv a 7.500 rpm
Torque Máximo: 2,81 kgf.m a 6.000 rpm
Câmbio: 5 marchas
Quadro: Berço semiduplo
Transmissão Final: Corrente
Alimentação: Injeção eletrônica
SUSPENSÃO:
Dianteira: Garfo telescópico, com 130 mm de curso
Traseira: Monoamortecida, com 105 mm de curso
FREIO:
Dianteiro: Disco simples de 276 mm de diâmetro
Traseiro: Tambor
PNEUS:
Dianteiro: 110/70 – 17 (54H)
Traseiro: 140/70 – 17 (66H)
Comprimento: 2.085 mm
Largura: 745 mm
Altura: 1.040 mm
Altura do Assento: 781 mm
Distância Entre-eixos: 1.402 mm
Tanque de Combustível: 18 litros (3 litros de reserva)
Cores: Preta, vermelha, prata e amarela metálica
Preço: R$ 11.490,00 (tabela).
Texto: Aldo Tizzani - Info Motos
Foto: Gustavo Epifanio
Qual é a Melhor: CB300R ou Fazer 250ie?
Postado por Émerson JanuárioQual é a melhor street de média cilindrada, a recém-lançada Honda CB 300R ou a “veterana” Yamaha YS 250 Fazer? Na hora da compra, outras dúvidas também habitam o imaginário dos motociclistas em ascensão: uma moto totalmente nova, com design arrojado e maior capacidade cúbica ou um modelo seguindo linhas tradicionais, moto com cara de moto, equipada com um pioneiro motor de 250cc injetado.
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2 comentários:
As duas são muito boas.. adoro motos mas minha marca favorita é a Suzuki Motos .
Eu ainda prefiro a CG 150 Titan
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